segunda-feira, 20 de maio de 2013

Colecionar bicicletas antigas e santinhos de quem já morreu é hábito de alguns limoeirenses



Em algum lugar do mundo, sempre tem alguém que tem como robe, colecionar alguma coisa. Em Limoeiro do Norte, cidade localizada no interior do estado do Ceará, a cerca de 184 Km da capital cearense, um homem de 44 anos tem como robe, colecionar santinhos de pessoas que já morreram. De acordo com Luís Carlos da Silva, popularmente conhecido por Luís Cigarro Grosso, a sua paixão por colecionar esse tipo de adereço, surgiu quando ele era ainda bem jovem, pois desde cedo passou a se interessar por assistir as missas de 7º Dia de falecimento de alguma pessoa e que a família do falecido distribuía as lembrancinhas eu sempre pegava uma para guardar como recordação.

Luís Cigarro Grosso conta que apartir dai não parou mais de adquirir os santinhos, que hoje chega a quase 1.500 lembrancinhas de pessoas que já partiram desta para a morada eterna. O colecionador de retrato de pessoas que já morreram conta ainda que quando sabe que faleceu alguma pessoa famosa da região ele não mede esforços para conseguir uma lembrancinha daquela pessoa ilustre. Além de colecionar as lembranças das pessoas que já morreram, Luís Cigarro Grosso costuma também não perder nenhum velório, nem um sepultamento na cidade de Limoeiro do Norte.

Ainda na cidade de Limoeiro do Norte, um Professor de Matemática tem como robe, colecionar bicicletas, dando preferência para as mais antigas. Ao todo o Professor Matias possui cerca de 25 bicicletas antigas em pleno funcionamento e várias outras que ele ainda está trabalhando para coloca-las funcionando. Para o Professor Matias, a sua paixão por bicicletas antigas surgiu quando ele era criança e via tanto o seu pai, como o seu avô  que tinham bicicletas das antigas e que costumavam cuidar muito bem delas e apartir daquele momento passou a se interessar por colecionar bicicletas antigas.

Matias falou também das dificuldades que ele tem para encontrar peças para algumas daquelas bicicletas, onde tem muitas delas, que por serem muito antigas os fabricantes já não mais as fabricam e ele tem fazer uma verdadeira peregrinação, seja atrás de outros colecionadores que possuam ter alguma peças sobrando que repassar para, ou até mesmo através de pesquisas via internet, com intuito de encontrar a peça que ele está precisando.

Ainda conforme o Professor Matias, tem peças que além de serem difíceis de encontra-las, o preço é muito alto. Ele citou o exemplo do Kit do reparo do centro de uma delas que custa em torno de R$ 450,00 e um selim de outra que sai por R$ 750,00, pois preciso mandar buscar na Inglaterra, já que no Brasil não existe o modelo original.

Em datas comemorativas, como a de 7 de Setembro, aniversário do Município, dentre outras também importantes, o Professor Matias costuma reunir alguns amigos e desfilar pelas ruas da cidade para exibir a sua coleção de bicicletas antigas, todas em perfeito funcionamento. Para 2013, o Professor colecionador de Bicicletas pretende desfilar com 100 bicicletas antigas pelas ruas de Limoeiro do Norte.

Matias ainda fez questão de enfatizar que gosta de montar as bicicletas por mais antigas que sejam e faltar peças tem o prazer de ir atrás até encontra-la, porém não gosta de pintar as suas bicicletas antigas, pois segundo ele, quando pinta pela segunda vez, descaracteriza a bicicleta, portanto ele costuma conservar a originalidade do veículo, dando preferência para a cor original dela. O professor Matias revelou que tem um sonho que ainda pretende colocar em prática que a construção do Museu da Bicicleta antiga de Limoeiro do Norte. O colecionador limoeirense costuma colecionar também chapéus de couro, ferro de passar e vários outros utensílios que foram utilizados pelos seus antepassados

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