sábado, 10 de fevereiro de 2018

Cearense faz parte da equipe de escultores da Escola de Samba da Vai-Vai
Neste sábado (10) acontece a segunda noite dos desfiles das Escolas de Samba de São Paulo
Vai-Vai será a quarta escola a desfilar, das sete que participam dos desfiles carnavalescos. A escola que vem homenageando Gilberto Gil traz um toque cearense
Vitor Pimentel, natural de Limoeiro do Norte faz parte da equipe de escultores do Grêmio Recreativo Cultural Social Escola de Samba Vai-Vai, fundado no tradicional bairro do Bixiga, em São Paulo. A equipe que construiu as esculturas é formada por três escultores, incluindo Vitor, lideradas por Manoel Lima. Mais um na pintura e um no arremate, completam o grupo de artistas.
O cearense esculpia, em isopor, as cabeças dos bonecos de Olinda para dois blocos de carnaval de rua de Limoeiro do Norte, a Panelada do Netinho e a Buchada da Adélia e do bloco Capanga do Seu Leuzinho, de Tabuleiro do Norte. “Postei os trabalhos numa comunidade de escultores e o Manoel Lima, escultor de carnaval de Parintins (Amazônia) me convidou pra vir para São Paulo ser seu escultor auxiliar”, explica Pimentel.
Desde de agosto em São Paulo, trabalhando 12 horas por dia, sem feriado, o momento agora é de cuidar dos últimos detalhes. “Durante a vinda do barracão da escola até o sambódromo as esculturas sofrem avalias e temos que fazer assistência para sair perfeito na avenida”, afirma.
Além da Vai-Vai a equipe também trabalhou, nas horas vagas, na Escola de Samba Estrela do 3º Milêniodo, do bairro Grajaú, do grupo 3 do carnaval 2018.
Desfile
A agremiação desfila neste sábado e vem em busca do seu 16º título. Com o enredo “Sambar com Fé eu Vou”, a escola começa um "pede passagem" (um carro), puxado por bois e uma carroça com uma santa. Em seguida começa a 'procissão', termo usado por Vitor ao falar do desfile, com o abre alas e mais quatro carros. 
A escola traz a religiosidade dos orixás e santos e caricaturas da Tropicália e a escultura do João Gilberto, além do carro em referência ao Sítio do Pica Pau Amarelo, em que dona Benta está segurando uma tela de led, passando a vida de Gil. 
Há um carro falando sobre a ditadura como o homem morte e cartazes de pessoas desaparecidas e esculturas de urubus e ratos”, pontua o artista cearense.
Em 2015 a escola foi campeã com um enredo também em homenagem a uma figura importante para o País. A cantora Elis Regina virou enredo, “Simplesmente Elis, a fábula de uma voz na Transversal do Tempo” e trouxe o 15º título para a escola.

 DiariodoNordeste

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